quinta-feira, maio 25, 2006

Tá tão difícil fingir que tá fácil

Eu adoro este texto da Rosana Braga, ele chegou na minha vida num momento que eu precisava muito. Foi no início do ano, meio às expectativas das novas energias e depois de um "King-Kong" que paguei no Reveillon, ele veio adicionar uma calmaria e aceitação. Aliás eu acredito muito nos sinais que recebo do Cosmos em todas as áreas da minha vida. Isso me preocupa um pouco até, mas o que importa é que eu acredito que o universo conspira e que cabe a mim desejar as boas conspirações.
Quase todos os dias eu procuro escrever, colocar no papel meus pensamentos. É uma maneira de tirar daqui de dentro do peito tudo que não deve estar trancado.

Tá tão difícil fingir que tá fácil - Rosana Braga
Sábado, 7 de janeiro de 2006 - 08h18m

Outro dia, fizemos uma confraternização entre o pessoal da editora para a qual faço alguns trabalhos. Era um daqueles dias lindos, onde todos se disponibilizam para o riso e os abraços. Estávamos num sítio e os homens e meninos resolveram jogar bola, enquanto as mulheres assistiam e riam da falta de preparo físico deles...
Claro que o objetivo era a diversão e tudo acontecia assim. Num determinado momento, aproximei-me das grades da quadra, perto da trave. Para a minha surpresa, veio um deles, agarrou-se na grade e confessou, exausto, suando, como quem pede socorro: "Ai, tá tão difícil fingir que tá fácil!"
A confissão foi tão espontânea e inesperada que comecei a rir, mas imediatamente tive um insight, "caiu uma ficha", como dizem. Pensei comigo mesma: é realmente muito difícil, em alguns momentos de nossa vida, fingir que tá fácil, mas ainda assim a gente insiste em fingir, sem se dar conta de que isso só aumenta mais a dificuldade, seja física, mental e, principalmente, emocional.
Fica fazendo cara de feliz e até sorrindo feito bobo, só pra disfarçar a dor que lateja por dentro, a tristeza que machuca sem parar, a mágoa por algo que aconteceu e não sabemos o que fazer com a realidade.
Talvez um emprego que perdemos ou nem conseguimos conquistar; um amor que acabou ou que nem começou; um amigo ou irmão com quem brigamos e não sabemos como fazer as pazes; uma raiva absurda que toma conta da gente por causa de uma situação em que nos sentimos contrariados, diminuídos, humilhados...
Enfim, muitas vezes, vivemos situações que nos provocam o desejo de xingar, gritar, esbravejar, argumentar e chorar feito criança, sem se importar com as caretas, as lágrimas, o barulho... só chorar, chorar e chorar, até pegar no sono... Mas não! Não nos permitimos amolecer. Permanecemos durões, engolindo a dor a seco, sentindo a tristeza passar pela garganta como se fosse espinha de peixe enroscada... arranhando, incomodando, doendo mais. E lá estamos nós... fingindo que está fácil!
Pois bem, não sei quanto a você, mas estou decidida, cada vez mais, a mostrar o que sinto, mesmo sabendo e confessando que não é nada fácil. No entanto, se não é nada fácil se expor e mostrar os sentimentos, especialmente quando eles escancaram nossa fragilidade e vulnerabilidade, mais difícil ainda é fingir, camuflar, parecer sem ser, viver sem se aprofundar, amar sem ser intenso, sentir sem se entregar.
Não estou, de forma alguma, sugerindo que você alimente sentimentos como raiva, tristeza e desesperança. Muito pelo contrário: estou sugerindo que você os assuma, sinta-os e, assim, possibilite o fim de cada um deles. Porque enquanto a gente finge que não está sentindo, eles continuam lá, enroscados. Mas quando a gente os assume e expõe, eles passam, acabam, vão embora. Claro que, sobretudo, este tem de ser o nosso objetivo. É o meu, garanto, embora nem sempre consiga!
Aproveito, então, para sugerir que esta seja a sua grande lição em 2006: parar de fingir que está fácil quando não estiver. Parar de sustentar um ego que só te faz ser quem você não é (ou seja, ninguém!) e te distancia de sua verdadeira essência. Parar de se importar tanto em ter razão e se concentrar mais na sua humanidade, no acolhimento de sua imperfeição, na sua vontade de crescer e de se tornar melhor, lembrando sempre de que a gente só consegue sair de um lugar e chegar a outro quando tem consciência de onde está e, sobretudo, para onde deseja ir.
Que você vá além e ultrapasse qualquer caminho que não seja o seu. Saia do fingimento e vá para o autêntico, por mais difícil que seja, porque só assim é que a vida vale a pena e é só aí que o amor encontra espaço!

*É palestrante na área de Desenvolvimento Profissional e Pessoal - "Inteligência Afetiva" e "Ser você tem que valer a pena!".
www.rosanabraga.com.br

Um fósforo, um chocolate, uma xícara de café e um jornal


Um fósforo, um chocolate, uma xícara de café e um jornal...Estes quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que a gente conhece... Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel... Avistou um letreiro, parou e entrou! Na recepção, uma moça o cumprimentou amavelmente.Em poucos minutos, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado. No quarto, uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo sobre a lareira, para ser riscado. Era demais! O homem que queria um quarto apenas para passar a noite, achou que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar. A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, até então. Quando retornou para o quarto. Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira. Surpresa! Alguém havia se antecipado e, quando entrou, o fogo já ardia na lareira. A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e um chocolate sobre cada um. Que noite agradável aquela! Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Era uma cafeteira, ligada automaticamente por um timer, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia: "Sua marca predileta de café. Bom apetite!" Era mesmo! Como eles podiam saber desse detalhe? De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida! Em seguida, ouviu um toque na porta. Ao abrir, encontrou o jornal de todos os dias... Como eles adivinharam? Lembrou que a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia. O cliente deixou o hotel encantando, feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial? Apenas ofereceram um fósforo, um chocolate, uma xícara de café e um jornal. Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito. Mudam embalagens, mas se esquecem das pessoas. O valor das pequenas coisas conta, e muito. Isto vale também para nossas relações pessoais (namoro, amizade, família, casamento)... Pensar no outro como ser humano é sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe. Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia que, na maioria das vezes, passam despercebidos.

Máscaras


MÁSCARAS
É a maior tragédia, com que o destino pode castigar o homem.
O desejo de ser outro, diferente daquilo que somos:
não pode arder um desejo mais doloroso no coração humano.
Porque não é possível suportar a vida de outra maneira,
apenas sabendo que nos conformamos com aquilo
que significamos para nós próprios e para o mundo.
Temos de nos conformar com aquilo que somos
e de ter consciência, quando nos conformamos,
de que em troca dessa sabedoria,
não recebemos elogios da vida,
não nos põem no peito nenhuma condecoração
por sabermos e aceitarmos que somos vaidosos
ou egoístas, carecas e barrigudos - não,
temos de saber que por nada disso recebemos recompensas nem louvores.
Temos de suportar, o segredo é isso.
Temos de suportar o nosso carácter, o nosso temperamento,
já que os defeitos, egoísmo e avidez,
não os mudam nem a experiência, nem a compreensão.
Temos de suportar que os nossos desejos
não tenham plena repercussão no mundo.
Temos de suportar que as pessoas que amamos,
não nos amem, ou que não nos amem como gostaríamos.
Temos de suportar a traição e a infidelidade,
e o que é o mais difícil entre todas as tarefas humanas,
temos de suportar a
superioridade moral ou intelectual de uma outra pessoa.

Pequeno fragmento, do livro : "As Velas Ardem Até ao Fim", de Sándor Márai.

terça-feira, maio 16, 2006

Loucuras reflexivas


Depois de horas atualizando o meu blog , escrevendo sobre as minhas loucuras reflexivas, na hora de postar simplesmente só postei o índice....arg! Mas tudo bem, as coisas são assim mesmo, vou aprendendo aos trancos, barrancos e solavancos.
Sendo assim começarei tudo novamente.
Tirando a paciência que ainda me resta na sacola e as esperanças de que vai dar certo. Lá vamos nós...em mais uma viagem.