terça-feira, outubro 27, 2009

É quase novembro

Depois de uma dor muscular generalizada danada de ruim, quem sabe eu mereça um descanso danado de bom.
Foi assim que eu comecei o dia, cheia de novas energias, ou pelo menos tentando mudar meus padrões de pensamento.
As dores ainda habitam meu corpo, mas vai passar...Ah! vai!
Percebi que a tal perda energética anunciada pelos astros, foi taxativa e é espaçosa e mal educada. Quase acabou comigo.
Fora isso o trabalho tem me deixado sem fôlego. É coisa demais pra fazer enquanto eu tenho tempo e vontade de menos. Preciso de mais mãos e olhos. Meus dedos não conseguem falar tão rápido, todos os telefones tocam ao mesmo tempo. Tento cantar Hare-Krishna e desafino no tom.
Imprimo textos para ler em casa e lá não os leio. As idéias são outras e prefiro me apegar aos livros ou ver programas que me contem alguma história. Podem ser bobas...eu nem ligo.
É quase novembro. Será que será doce?
A aproximação do Natal me causa medo. Mais listas surgirão, mais compromissos, mas mais mais...

segunda-feira, outubro 19, 2009

Cadernetas, caderninhos e blocos.

Cadernetas, blocos, cadernos, folhas soltas não vivo sem eles.
Hoje recebi pelo correio a minha mais nova aquisição. Comprei uns Molecos, cadernos sem pauta feitos de papel reciclado com uma carinha bem estilosa.
Gostei.
Ainda comprarei Moleskines, só não sei quando, pois ainda estão caros demais para serem comprados via WEB.
Agora tenho mais uma cantinho para guardar meus pensamentos e rabiscos.
Ultimamente a necessidade de deixar as coisas registradas tem sido quase como uma necessidade de oxigênio.

Ventos que varrem as ruas.


Hoje quando saí de Bonito.
A ventania varrias as ruas.
Era quase 5 horas da manhã.
A chuva era anunciada.
As folhas amontoadas se espalhavam formando novos montinhos.
Pareceu-me que vento se despedia de mim.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Exatamente aquilo que eu tenho.



Encontrei essas palavras que não são minhas e que eu queria que fossem. Fazem parte das invejas que eu sinto daqueles que as disseram primeiro e mais lindamente do que eu seria capaz.
Depois de um dia de migalhas a que sobrebrevivi só me restam os livros de poesia novos que chegaram essa semana e que ainda não li.

Para ouví-lo aqui está o link
http://www.estudioraposa.com/index.php/30/09/2009/lugar-108-rafael-nolli/

Uma ótica dica que recebi do Samuca.

Hoje, sou exatamente aquilo que tenho:
centavos que não compravam felicidade alguma
uma úlcera metafísica,
que não me acompanhará ao infinito
dezenas de poemas sobre a exaltação do homem
e a felicidade tola dos desvairados.

Hoje, sou tudo que tenho:
um sonho de primavera
amadurecendo o coração dos brutos
um gosto de beijo nunca dado
uma iluminação repentina e irremediável,
que me levaria ao céu, se o quisesse.

Hoje, nada além dos meus pertences é o que sou:
uma dor de cabeça debutante
migalhas de pão presas à barba
um projeto de poesia
que me remediará de todo o mal do mundo –
depois de escrito me trairá covardemente,
por não saber nada além
do que suas palavras dizem.

Hoje, sou exatamente o que tenho:
mas é nu que espero o amanhã.


Rafael Nolli