quinta-feira, julho 08, 2010

Que não sejam palavras ao vento.


Ontem  ao chegar na casa de uma amiga me deparei com um vaso de azaléias que tínhamos dado pra ela no dia da mães, totalmente esturricado. Eu perguntei o que tinha acontecido com o coitado e ela simplesmente me disse que depois queria falar.
Antes de servir o jantar ela chamou a atenção dos amigos e pôs-se a falar sobre nossas amizades e a falta de tempo que “temos” para tudo.
A verdade é que ela está certa. Muitas vezes sentimos falta de pessoas e não as procuramos porque não temos tempo. Diariamente sobrecarregamos nossas agendas de trabalho e nos viramos para executar as obrigações sem nos importar em priorizar as relações e o bem viver.
Digo bem viver me referindo à qualidade das coisas simples. A gostosura que é jogar conversa “fora” com as pessoas que a gente gosta, bebericando uma xícara de café, chá ou qualquer coisa  despretensiosamente simples e agradável.
Constantemente encontramos forças, horários e brechas para atendermos mais um cliente, chegar mais cedo e sair mais tarde do trabalho e deixamos as azaléias secarem.
As palavras verdadeiras e sábias da minha amiga soaram  como alerta para nós que costumamos estar juntos, oferecer nossa amizade, mas que sabemos o quanto displicentes temos sido com os detalhes que realmente importam em nossas vidas.
Que não sejam palavras ao vento.
Hoje eu quero plantar as orquídeas que ela me deu.

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